sábado, 22 de setembro de 2012

Respiramos alegria


Hoje, às 11h49, começou a Primavera aqui no Hemisfério Sul. Maceió não tem as estações do ano muito bem definidas - aliás, aqui parece Verão o ano inteiro, mesmo no Inverno -, mas flor também não falta. E para comemorar a entrada da estação mais florida do ano, decidi fazer um post com fotografias de flores.


Eu, pessoalmente, não tenho um acervo tão grande de flores não. Uma vez ou outra eu me pego arrebatado pela beleza óbvia de algumas delas e aí não seguro o dedo na câmera - ou, hoje em dia, no telefone também. 


Não é muito difícil tirar uma foto bonita de uma flor, eu admito. Mas vale tentar sempre composições novas pra não repetir sempre a mesma foto, mudando apenas a flor enquadrada. Achei umas dicas interessantes sobre fotografia de flores no Dicas de Fotografia. Vale dar uma conferida lá, tem umas coisas bem interessantes, umas dicas pra não fazer uma foto igual a todas as outras.


Bem, é isso. No mais, boa Primavera e bons cliques para vocês. Até a próxima ;)



sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Foco: Superlua

Primeiro gostaria de pedir desculpas por estar há algum tempo sem postar aqui no blog. Com o fim da greve das universidades federais, eu to entrando em colapso nervoso com a quantidade de trabalho que eu tenho que fazer em quase nenhum tempo. Também por isso, o post de hoje vai ser bem pequeno.

A foto desse "Foco" foi feita no dia 5 de maio desse ano, quando a "Superlua", a Lua mais brilhante do ano, subiu aos céus de Maceió. O que eu gosto dessa foto é que, nela, a Lua não aparece, mas seu reflexo explicita muito bem o quão brilhosa ela estava naquela noite. 

"Escuto leve a batida.
Levanto descalça, abro a
janela
devagarinho.
Alguém bateu?
É a lua-luar, que quer entrar..."

Lua-luar, de Cora Coralina

A Lua é um bom assunto para fotografias. Um dia eu faço um post só com fotos da lua aqui no blog, talvez. Por enquanto, até logo.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Nas veredas da cidade


Estava eu mexendo nos meus arquivos fotográficos quando achei minha primeira (e, se não me engano, única - até agora) experiência com fotografia analógica. As fotos não são lá essas coisas, mas algumas me chamaram a atenção por dois motivos: primeiro, por não lembrar de as ter fotografado e segundo, por não ter dado valor às coitadas; como essa daí de cima. Hoje, achei essa foto a melhor do filme, mas, quando fotografei, nem prestei atenção na coitada da foto.


As fotos foram feitas no segundo semestre de 2009 com o pessoal da faculdade. O curso de Jornalismo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), meio defasado, ainda não possui equipamentos digitais, então as práticas foram todas feitas no filme. Essa das fotos aconteceu na favela do Jaraguá. Foi ótimo para treinar o olho e as combinações de diafragma x obturador. 


Acho que é uma experiência bem interessante para quem quer trabalhar com fotografia, principalmente jornalística. O digital facilita muito e por isso pode acabar atrapalhando, já que você vai sempre parar pra ver se a foto ficou legal e decidir se tira ou não outra. Só que as coisas nunca acontecem 2 vezes e pode acontecer de você perder o - fazendo referência a Cartier-Bresson - instante decisivo.


Outra coisa que não tinha reparado antes foi a diferença da imagem digital pra analógica. O aspecto da fotografia fica realmente diferente (sempre achei que era exagero dos saudosistas, não vou mentir), algo meio Instagram (bem de leve) natural. Acho que talvez não teria gostado tanto dessas fotos se fossem feitas na digital. Mas não posso afirmar nada, né? Só acho.


Ah, essa também foi minha primeira experiência com exposições. Todos os alunos da turma escolheram três fotografias para expôr na biblioteca da Universidade. A mostra foi entitulada "Nas Veredas da Cidade" e reuniu imagens de aspectos bem íntimos da cidade de Maceió. As minhas três fotografias expostas foram essas abaixo:

 


Rever essas fotos me deixou com vontade de fotografar mais vezes com equipamento analógico. Então, quem tiver uma analógica em casa que não esteja usando pode doar uma câmera pra mim que eu aceito feliz da vida, tá? Outra coisa que irei fazer ainda esta semana é imprimir algumas fotos. A nostalgia causada pela fotografia analógica tem dessas coisas. Até mais.



domingo, 2 de setembro de 2012

Igreja Nova em HDR


Semana passada, tive a oportunidade de viajar a trabalho para uma cidadezinha no interior de Alagoas chamada Igreja Nova. Além das fotos que fiz para a pauta, tive a oportunidade de fotografar alguns aspectos bem interessantes de lá, como, por exemplo, o hábito que a população interiorana tem de se reunir com os vizinhos nas portas de casa para bater papo, coisa que na capital não existe mais. Eu aqui nem conheço alguns de meus vizinhos para falar a verdade.


Durante o processo de edição, quis tentar alguma coisa nova, que não estou muito acostumado a fazer. Então, entre uma tentativa e outra de filtros, achei a função "HDR Toning", que causa um efeito bem legal de HDR. A fotografia em HDR (High Dynamic Rage) é uma função disponível nas câmeras digitais mais recentes e câmeras de smartphone que consegue representar bem todas as áreas da foto, tanto as iluminadas diretamente pela luz quanto as áreas sombreadas.


Para conseguir o efeito HDR, o equipamento tira três fotos: uma subexposta, uma normal e outra superexposta. Depois, mescla as três imagens. Porém, com o "HDR Toning" do Photoshop, dá pra conseguir um efeito bem semelhante apenas com uma foto. É um efeito bem interessante que dá uma forma plástica diferente às fotos, que, ao mesmo tempo, acabam se assemelhando a pinturas e fotografias. A ferramenta está disponível a partir da versão CS5.


Nunca tinha fotografado em HDR (e continuo sem ter), mas achei o efeito bem legal e já estou procurando aplicativos para meu telefone que façam fotografia em HDR. Quem tiver uma dica de um bom app para iOS, pode deixar nos comentários que eu testarei e depois darei minha opinião, ok? Bem, aqui vão mais fotos de Igreja Nova em HDR:


Ah, e lembrando que hoje, dia 2 de setembro, é o dia do Repórter Fotográfico. Parabéns a todos os colegas de profissão (no meu caso, futura profissão - espero)! Até a próxima.




quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Teste: Fisheye artesanal

Acho que a grande maioria das pessoas que curtem fotografia gosta do efeito "olho de peixe". Talvez por ele moldar a foto de uma forma diferente do que geralmente se está acostumado a ver. A distorção gerada em uma fotografia feita com uma lente fisheye causa um "estranhamento" bom em quem observa uma foto do tipo. Uma lente fisheye profissional da Canon custa bem caro, mas, com menos R$20, você consegue obter um efeito bem parecido.

Eu tinha visto há algum tempo, no blog "Fotografia Feita", um tutorial sobre como fazer sua própria lente fisheye caseira. Depois de muito tempo hesitando, resolvi testar e o resultado me surpreendeu. É claro que a qualidade nem se compara à da lente profissional, mas, para lazer, dá pra ter um resultado legal gastando bem pouco. Eu, pelo menos, curti.

Antes de mostrar o resultado, vou mostrar o tutorial do Fotografia Feita e acrescentar alguns comentários meus ao longo do texto.

Material utilizado: papelão, espuma (eu utilizei duas esponjas daquelas de lavar prato, mas sem a parte mais áspera para não arranhar a objetiva), fita adesiva, estilete ou tesoura e um olho mágico de porta. O único material que realmente vai custar alguma coisa é o olho mágico. O meu custou R$12,90. 

Os outros materiais podem ser encontrados em casa mesmo, embora eu deva avisar que sair cortando esponjas de lavar prato não vai deixar muita gente feliz. Comprei um pacote com quatro esponjas por R$2,79, mas acabei só usando duas. Um pacote com apenas duas custa ainda mais barato.

material utilizado na construção da lente
Minha câmera é uma Canon Rebel XS e minha objetiva uma 18-55mm, daquelas que geralmente vem com o corpo quando se compra a DSLR.

Modo de fazer: 

Primeiro, corte o papelão. Devem ser feitos dois cortes. O primeiro deve ser redondo com o diâmetro de sua objetiva (use a tampa para medir) e com um buraco no meio com o diâmetro da parte mais fina do olho mágico. O segundo corte deve ter comprimento suficiente para envolver sua objetiva e a largura deve ser a mesma do olho mágico. O Fotografia Feita diz que o ideal para se conseguir um resultado interessante é utilizar uma lente de mais ou menos 50mm. Eu deixei a minha com o zoom máximo (55mm) e consegui um resultado legal.

Coloque o olho mágico dentro do primeiro corte de papelão.

A espuma deve ser cortada de modo que preencha o espaço que fica entre o olho mágico e a borda, feita com o segundo corte do papelão. No meu caso, precisei de quatro pedaços de esponja, mas você pode usar quantas quiser. A esponja serve para que o olho mágico não bata na sua objetiva, evitando, assim, que a lente seja arranhada.

Por fim, prenda tudo com fita adesiva.


é, fica bem feio mesmo!
Para utilizar a fisheye, você deve colocá-la em frente à sua objetiva. Para facilitar o manuseio, você pode prender a olho de peixe com o fita adesiva.

A lente do olho mágico é bem escura, então a dica é utilizar a fisheye em locais bastante iluminados. Eu fiz o meu teste na última segunda-feira (27), na praia, então não tive problemas com a luz. A única edição feita nas fotos foi o corte quadrado, que eu achei que deixou as fotos mais interessantes. 

Seguem algumas fotos que fiz:




Bem, espero que tenham gostado. Eu adorei este primeiro teste e já estou procurando mais tutoriais assim na internet para um próximo post. Até a próxima.


sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Foco: Flores de Almodóvar

O jornal onde estagio atualmente, cujo nome é "O Jornal", tem uma seção em seu caderno de Sustentabilidade chamada "Foco", onde fotografias ligadas à temática sustentável são publicadas em página inteira. Além de divulgar o trabalho dos fotógrafos do jornal, a seção serve também para atrair o olhar dos leitores para os aspectos mais notáveis da natureza, que vem, aos poucos, se extinguindo.

Na edição da última sexta-feira (24), a foto publicada na seção foi de minha autoria, entitulada "Flores de Almodóvar" em referência ao vermelho, cor marcante do diretor, e à música "Esquadros" de Adriana Calcanhotto. Na legenda da página impressa, um poema de Vinicius de Moraes.

"...E agora é a vez da papoula vermelha
A que dá tanto mel para as abelhas
E alegra este mundo tão triste
No amor que é o meu coração..."

Rancho das Flores - Vinicius de Moraes


Esta foto também pode ser visualizada no meu flickr:  http://www.flickr.com/photos/eduardoleite/4659704546/in/photostream 

Mais fotografias minhas já foram publicadas na seção e eu espero que muitas outras também sejam no futuro. No momento, deixo vocês com estas flores e o aviso de que postarei mais fotos publicadas em "Foco" mais a frente.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Hipocampo, o blog

sobreposição de imagens originalmente
publicada no Instagram
O hipocampo é a estrutura cerebral considerada a principal sede da memória. Estudos indicam que é no hipocampo que as memórias a curto prazo são convertidas em memórias a longo prazo, ficando guardadas em nossa mente para sempre ou até que a lembrança se desgaste, se perca no tempo.

A fotografia, assim como o hipocampo, também tem esse poder: converte um instante aparentemente passageiro, que muitas vezes seria ignorado e esquecido, em uma imagem que pode ser consultada a qualquer momento para que se possa rememorar o passado. Uma memória que dura até que o papel se desgaste, perca sua cor e desbote. Uma memória que dura até que o arquivo se perca em um mundo de pastas ou seja corrompido. A fotografia, para mim, seria, então, o hipocampo mecânico. Um equipamento capaz de me lembrar até do que a mente já esqueceu.

E é isso que eu pretendo com minhas imagens: congelar momentos que só seriam guardados em meu cérebro e compartilhar com quem quiser vê-los. Momentos que, por algum motivo, me chamaram a atenção e mereceram ser registrados por minha objetiva.

Inauguro, então, este espaço para mostrar o que se passa nos locais por onde passo. Espero que gostem e até a próxima.

foto-montagem por Pedro Trindade