quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Teste: Fisheye artesanal

Acho que a grande maioria das pessoas que curtem fotografia gosta do efeito "olho de peixe". Talvez por ele moldar a foto de uma forma diferente do que geralmente se está acostumado a ver. A distorção gerada em uma fotografia feita com uma lente fisheye causa um "estranhamento" bom em quem observa uma foto do tipo. Uma lente fisheye profissional da Canon custa bem caro, mas, com menos R$20, você consegue obter um efeito bem parecido.

Eu tinha visto há algum tempo, no blog "Fotografia Feita", um tutorial sobre como fazer sua própria lente fisheye caseira. Depois de muito tempo hesitando, resolvi testar e o resultado me surpreendeu. É claro que a qualidade nem se compara à da lente profissional, mas, para lazer, dá pra ter um resultado legal gastando bem pouco. Eu, pelo menos, curti.

Antes de mostrar o resultado, vou mostrar o tutorial do Fotografia Feita e acrescentar alguns comentários meus ao longo do texto.

Material utilizado: papelão, espuma (eu utilizei duas esponjas daquelas de lavar prato, mas sem a parte mais áspera para não arranhar a objetiva), fita adesiva, estilete ou tesoura e um olho mágico de porta. O único material que realmente vai custar alguma coisa é o olho mágico. O meu custou R$12,90. 

Os outros materiais podem ser encontrados em casa mesmo, embora eu deva avisar que sair cortando esponjas de lavar prato não vai deixar muita gente feliz. Comprei um pacote com quatro esponjas por R$2,79, mas acabei só usando duas. Um pacote com apenas duas custa ainda mais barato.

material utilizado na construção da lente
Minha câmera é uma Canon Rebel XS e minha objetiva uma 18-55mm, daquelas que geralmente vem com o corpo quando se compra a DSLR.

Modo de fazer: 

Primeiro, corte o papelão. Devem ser feitos dois cortes. O primeiro deve ser redondo com o diâmetro de sua objetiva (use a tampa para medir) e com um buraco no meio com o diâmetro da parte mais fina do olho mágico. O segundo corte deve ter comprimento suficiente para envolver sua objetiva e a largura deve ser a mesma do olho mágico. O Fotografia Feita diz que o ideal para se conseguir um resultado interessante é utilizar uma lente de mais ou menos 50mm. Eu deixei a minha com o zoom máximo (55mm) e consegui um resultado legal.

Coloque o olho mágico dentro do primeiro corte de papelão.

A espuma deve ser cortada de modo que preencha o espaço que fica entre o olho mágico e a borda, feita com o segundo corte do papelão. No meu caso, precisei de quatro pedaços de esponja, mas você pode usar quantas quiser. A esponja serve para que o olho mágico não bata na sua objetiva, evitando, assim, que a lente seja arranhada.

Por fim, prenda tudo com fita adesiva.


é, fica bem feio mesmo!
Para utilizar a fisheye, você deve colocá-la em frente à sua objetiva. Para facilitar o manuseio, você pode prender a olho de peixe com o fita adesiva.

A lente do olho mágico é bem escura, então a dica é utilizar a fisheye em locais bastante iluminados. Eu fiz o meu teste na última segunda-feira (27), na praia, então não tive problemas com a luz. A única edição feita nas fotos foi o corte quadrado, que eu achei que deixou as fotos mais interessantes. 

Seguem algumas fotos que fiz:




Bem, espero que tenham gostado. Eu adorei este primeiro teste e já estou procurando mais tutoriais assim na internet para um próximo post. Até a próxima.


sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Foco: Flores de Almodóvar

O jornal onde estagio atualmente, cujo nome é "O Jornal", tem uma seção em seu caderno de Sustentabilidade chamada "Foco", onde fotografias ligadas à temática sustentável são publicadas em página inteira. Além de divulgar o trabalho dos fotógrafos do jornal, a seção serve também para atrair o olhar dos leitores para os aspectos mais notáveis da natureza, que vem, aos poucos, se extinguindo.

Na edição da última sexta-feira (24), a foto publicada na seção foi de minha autoria, entitulada "Flores de Almodóvar" em referência ao vermelho, cor marcante do diretor, e à música "Esquadros" de Adriana Calcanhotto. Na legenda da página impressa, um poema de Vinicius de Moraes.

"...E agora é a vez da papoula vermelha
A que dá tanto mel para as abelhas
E alegra este mundo tão triste
No amor que é o meu coração..."

Rancho das Flores - Vinicius de Moraes


Esta foto também pode ser visualizada no meu flickr:  http://www.flickr.com/photos/eduardoleite/4659704546/in/photostream 

Mais fotografias minhas já foram publicadas na seção e eu espero que muitas outras também sejam no futuro. No momento, deixo vocês com estas flores e o aviso de que postarei mais fotos publicadas em "Foco" mais a frente.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Hipocampo, o blog

sobreposição de imagens originalmente
publicada no Instagram
O hipocampo é a estrutura cerebral considerada a principal sede da memória. Estudos indicam que é no hipocampo que as memórias a curto prazo são convertidas em memórias a longo prazo, ficando guardadas em nossa mente para sempre ou até que a lembrança se desgaste, se perca no tempo.

A fotografia, assim como o hipocampo, também tem esse poder: converte um instante aparentemente passageiro, que muitas vezes seria ignorado e esquecido, em uma imagem que pode ser consultada a qualquer momento para que se possa rememorar o passado. Uma memória que dura até que o papel se desgaste, perca sua cor e desbote. Uma memória que dura até que o arquivo se perca em um mundo de pastas ou seja corrompido. A fotografia, para mim, seria, então, o hipocampo mecânico. Um equipamento capaz de me lembrar até do que a mente já esqueceu.

E é isso que eu pretendo com minhas imagens: congelar momentos que só seriam guardados em meu cérebro e compartilhar com quem quiser vê-los. Momentos que, por algum motivo, me chamaram a atenção e mereceram ser registrados por minha objetiva.

Inauguro, então, este espaço para mostrar o que se passa nos locais por onde passo. Espero que gostem e até a próxima.

foto-montagem por Pedro Trindade